Deliberação CONSU-A-016/2021, de 25/05/2021
Reitor: Antonio José de Almeida Meirelles
Secretaria Geral:Ângela de Noronha Bignami

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Estabelece critérios para definição de perfis e avaliação dos docentes da Faculdade de Ciências Médicas.

O Reitor da Universidade Estadual de Campinas, na qualidade de Presidente do Conselho Universitário, tendo em vista o decidido na 171ª Sessão Ordinária de 25.05.21, baixa a seguinte Deliberação:

Artigo 1º - Os critérios para definição de perfis e avaliação dos docentes da Faculdade de Ciências Médicas apoiam-se em quatro referenciais:

I - Área de destaque: é área dominante de atuação do docente que poderá ser em ensino e/ou investigação;
II - Produção acadêmica: definida de forma ampla, inclui o conjunto de atividades de ensino, pesquisa, extensão e a administração de atividades acadêmicas;
III - Reconhecimento profissional: entendido como o conjunto de atividades que estaria associada a reputação acadêmica do professor que ocorre por iniciativa de terceiros;
IV - Atividades complementares são aquelas que não são específicas das áreas de destaque e produção acadêmica.

Artigo 2º - A identificação da área de destaque será feita pelo docente e aprovada pelo Conselho Departamental e deverá:

I - Refletir as atividades para as quais o docente dedicou no período analisado parte substancial de tempo;
II - Representar a trajetória acadêmica dominante;
III - Ser aquela em que se reconhece o conjunto da produção acadêmica de maior impacto no período, base para seu reconhecimento.

Artigo 3º - Considerando a área de destaque do docente:

I - Todos os docentes da área de destaque em investigação devem atuar no ensino, quer seja graduação, residência médica, residência multiprofissional e especialização lato-sensu;
II - A área de destaque poderá ser alterada ao longo da carreira do docente em função da evolução do foco principal de sua atuação;
III - Quando a qualidade e a quantidade da contribuição são expressivas nas duas áreas de destaque, ambas podem ser selecionadas.

Parágrafo único – A Congregação estabelecerá a carga horária mínima de ensino necessária referente ao item 1.

Artigo 4º - Atividades complementares são aquelas que não são específicas das áreas de destaque, mas que devem ser consideradas na avaliação de sua atuação do docente. Compreendem:

I - Atividades administrativas na Faculdade de Ciências Médicas, Área da Saúde e na Universidade;
II - Atividades de extensão que não estão associadas às atividades de ensino e investigação;
III - Atividades administrativas externas a Universidade em instituições públicas, instituições sem fins lucrativos ou associações científicas;
IV - Atividades de caráter acadêmico ou administrativas realizadas em outras instituições de ensino e/ou pesquisa, nacionais ou internacionais.

Artigo 5º - A produção acadêmica e o reconhecimento profissional do docente devem ser caracterizados e analisados a partir dos perfis e pelo conjunto de atividades e métricas com base no que dispõe o Anexo 1 desta Deliberação.

§ 1º - Estas informações e dados devem ser utilizados para a avaliação regular das atividades do docente e para promoção e progressão na carreira.

§ 2º - Os concursos de ingresso de docentes em nível de Professor Doutor I não precisam definir áreas de destaque como pré-requisitos.

§ 3º - O docente também poderá relatar outros resultados de sua atuação acadêmica, não especificados ou descritos nesta deliberação, cuja pertinência e mérito serão analisados pelas bancas ou instâncias competentes.

Artigo 6º - Para os níveis de Professor Associado e de Professor Titular na Área de Destaque em Ensino é esperado:

I - Práticas de ensino;
II - Gestão em ensino;
III - Reconhecimento em ensino em saúde;
IV - Treinamento de pesquisa e orientação em ensino;
V - Reconhecimento como especialista clínico e prática clínica influente;
VI - Homenagens/avaliação.

Parágrafo único - O detalhamento dos itens I a VI se encontram no Anexo 1.

Artigo 7º - Para os níveis de Professor Associado e de Professor Titular na Área de Destaque em investigação são esperados:

I – Pesquisa;
II – Produção;
III - Formação de recursos humanos;
IV – Financiamento;
V - Outros reconhecimentos.

Parágrafo único - O detalhamento dos itens I a V se encontram no Anexo II.

Artigo 8º - A Congregação da Faculdade de Ciências Médicas poderá estabelecer regulamentações adicionais necessárias para a aplicação dos critérios definidos por esta Deliberação.

Artigo 9º – Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial a Deliberação CONSU-A-021/2014. (Proc. nº 01-P-4707/1987).


ANEXO 1

CARREIRA DOCENTE COM ÁREA CONCENTRAÇÃO EM ENSINO

Docente com atividades preferenciais em ensino serão priorizadas as atuações em três grandes áreas: Prática em ensino, Gestão em Ensino, Reconhecimento em educação em saúde. Serão também consideradas atividades em Treinamento de Pesquisa e Orientação, Reconhecimento como especialista clínico e prática clínica influente e Homenagens, prêmios e Avaliação discente relacionadas a atuação em ensino.

Critérios Avaliados

I - PRÁTICA EM ENSINO

Ensino em disciplinas da graduação, residência (médica, multiprofissional e outras) aprimoramento, especialização com prática clínica e pós-graduação na área de ensino, aulas regulares, visitas didáticas e supervisão de estágios clínicos, programas de desenvolvimento profissional, seminários, tutoriais.
Ensino clínico prático e orientação. Inovação na sala de aula com novos métodos de ensino e suas aplicações de métodos de ensino existentes, adotados no âmbito local, regional e/ou nacional.

MÉTRICA

• Atividade didática principal na graduação, com prática clínica com a identificação das disciplinas teóricas e práticas, período letivo ministrado, carga horária semestral e número de alunos.
• Atividade didática principal em programas de residência (médica, multiprofissional e outras), com prática clínica com a identificação das disciplinas teóricas e práticas, período letivo ministrado, carga horária semestral e número de alunos.
• Carga horária principal de atividades em ensino na prática clínica.
• Aulas de aprimoramento, especialização com prática clínica e pós-graduação na área de ensino com a identificação das disciplinas, período letivo ministrado, carga horária semestral e número de alunos.
• Responsabilidade na criação, implantação ou modificação de disciplinas devidamente identificadas, período letivo ministrado, número de créditos e de alunos.
• Confecção de material didático e audiovisual original (livro didático, e-book, apostilas, material complementar de estudo).
• Implementação de novas metodologias de ensino (exemplo: uso de novas tecnologias, processos de avaliação mais amplos).
• Desenvolvimento de atividades de integração ensino-serviço.
• Desenvolvimento, aprimoramento ou inovações em programas de ensino existentes.
• Orientação de qualquer natureza a alunos de graduação, residência (médica, multiprofissional e outras), curricular ou extracurricular, de cursos de extensão e pós-graduação lato sensu, incluindo trabalho de conclusão de curso, programas tecnológicos, programas sociais e preparo de equipes de alunos para competições, concluída ou em andamento.
• Desenvolvimento de atividades de integração ensino-serviço com orientação de alunos de graduação com bolsa, neste caso indicando a origem do recurso (PAD, BAS e outras); ou sem financiamento.
• Orientação de alunos de PED na atuação vinculada a disciplinas de graduação.
• Responsabilidade na criação, implantação e oferecimento de cursos de extensão devidamente identificados, modalidade, carga horária, período de oferecimento, número de alunos formados.
• Aulas ministradas em cursos de extensão devidamente identificados, modalidade, carga horária, período de oferecimento, número de alunos formados.

II - GESTÃO EM ENSINO

Atividades na gestão do ensino de graduação e residência (médica, multiprofissional e outras) em quaisquer níveis ou instâncias da Universidade.

MÉTRICA

• Gestão e cogestão em ensino em nível de Curso, Faculdade e Universidade.
• Coordenador de graduação do Departamento ou na comissão de ensino e coordenador de internato.
• Gestão e cogestão de disciplinas ou módulos e submódulos de graduação.
• Coordenador de residência (médica, multiprofissional e outras) perante a da Faculdade de Ciências Médicas (COREME/COREMU).
• Supervisor de programa de residência (médica, multiprofissional e outras) do Departamento.
• Responsável por disciplina de residência (médica, multiprofissional e outras).
• Responsável por cursos de extensão devidamente identificados, modalidade, carga horária, período de oferecimento, número de alunos formados.
• Participação em comissões de ensino de Departamento, Comissão de Ensino das Unidades, Comissões Centrais ou colegiados equivalentes e órgãos da Administração Central da Universidade.
• Participação nos núcleos de gestão e de pesquisa em ensino (Napem, NDE, CEG, Comissão Inter unidades).
• Participação em grupo de trabalho que tem como objeto o ensino de graduação e residência (médica, multiprofissional e outras).
• Gestão em ensino-serviço nos diferentes campos de prática.
• Outras atividades de gestão e representação em ensino (responsável por teste de progresso, subcomissão de exame, prova de habilidades graduação e outros).

III - RECONHECIMENTO EM ENSINO EM SAÚDE

Atuação local, regional, nacional e internacional relacionada à educação em saúde.

MÉTRICA

• Desenvolvimento de diretrizes e políticas para a educação em saúde e/ou ensino de graduação e residência (médica, multiprofissional e outras).  
• Organização de eventos em ensino em saúde / coordenação de semanas acadêmicas de alunos de graduação (COMAU, SEMAFON). 
• Ensino, aulas e treinamentos na sua unidade, regionais, nacionais e internacionais sobre assuntos de ensino em saúde.
• Atuação em comitês locais, regionais nacionais e internacionais de associações de ensino em saúde.
• Participação em treinamentos, congressos e outros eventos ou cursos ou atividades regulares voltadas à capacitação docente, incluindo eventos de capacitação didática, planejamento e avaliação do ensino.
• Atuação em comitês locais, regionais, nacionais elaborando ou avaliando programas de educação ou propostas de doações/projetos relacionadas à educação; nesse item estão incluídas atuações em Academias, Sociedades, Conselhos (órgão de classe) entre outros.
• Participação na implantação ou manutenção de novas metodologias de ensino e em projetos de melhoria da infraestrutura para o ensino de graduação, residência (médica, multiprofissional e outras).
• Participação em projetos de intercâmbio, nacionais ou internacionais, para alunos de graduação residência (médica, multiprofissional e outras).
• Coordenação, assessor ou Membro do conselho editorial de revista de ensino em saúde.
• Participação em bancas de avaliação de residência (médica, multiprofissional e outras) e pós-graduação internas ou extramuros em ensino em saúde, tais como trabalho de conclusão de curso, processo seletivo com elaboração de provas e análise de currículo, avaliação de dissertações e teses inseridas em área de concentração de ensino em saúde.
• Financiamento para conduzir pesquisa educacional ou desenvolver materiais educativos, métodos, ferramentas, avaliações ou programas.
• Financiamento para apoiar orientação em ensino em saúde.
• Financiamento para criação e manutenção de cursos de extensão em saúde.
• Prêmios para ensino ou orientação de fontes externas ao departamento/instituição de origem.
• Prêmios regionais e/ou nacionais por contribuições e/ou inovação na área de ensino em saúde.

IV - TREINAMENTO DE PESQUISA E ORIENTAÇÃO 

Pesquisa e produção científica em Ensino em saúde (a pesquisa e produção em ensino em saúde deverá ter peso maior na avaliação deste perfil docente).
Atividades de orientação de graduação, residente e pós-graduação em ensino em saúde ou prática clínica.
Projetos de pesquisa de qualquer natureza.

MÉTRICA

• Projeto de pesquisa focado no Ensino em saúde.
• Produção científica em ensino em saúde.
• Orientação de residente (médica, multiprofissional e outras), e/ou alunos de pós-graduação stricto sensu.
• Atividade didática total na pós-graduação e atividades de coordenação com a identificação das disciplinas cujas ementas sejam na área do ensino em saúde, período letivo ministrado, carga horária semestral e número de alunos.
• Número e nível de orientações de alunos sobre os quais o candidato teve uma grande influência; esta influência pode ser avaliada pela graduação acadêmica dos orientandos, publicações, financiamento e prêmios.
• Publicações com seus orientandos.
• Feedback/avaliação dos orientandos.
• Orientação de projeto de pesquisa a alunos de graduação e residentes.
• Publicação de livros ou capítulos de livros destinados ao ensino de graduação.
• Orientador ou membro da comissão avaliadora de tese de pós-graduação em ensino em saúde ou de qualquer natureza.
• Revisor e editor de revistas científicas.
• Participação em bancas de avaliação de pós-graduação internas ou extramuros de qualquer natureza na área de ensino em saúde.

V - RECONHECIMENTO COMO ESPECIALISTA CLÍNICO E PRÁTICA CLÍNICA INFLUENTE

Reconhecimento como especialista clínico evidenciado por papéis de liderança com reputação local, regional, nacional e internacional em seu campo clínico.

MÉTRICA

• Desenvolvimento de diretrizes e políticas para gestão na área de especialização clínica.
• Desenvolvimento de abordagens inovadoras para diagnóstico ou tratamento, aplicação de tecnologias e/ou modelos de cuidado com influência local, regional, nacional ou internacional.
• Prêmios local, regional, nacionais e/ou internacional por contribuições e/ou inovação na área de especialização clínica.
• Financiamento para apoiar inovações na prática clínica com impacto local, regional, nacionais e/ou internacional.
• Ter um papel crítico na definição de um novo campo de atuação clínica.
• Desenvolvimento de tratamentos, procedimentos ou tecnologias que se demonstrem superiores aos anteriores.
• Atuação em comitês local, regional, nacionais e/ou internacional para avaliação de programas na área de especialização clínica.
• Membro do conselho editorial de revista da área de especialização clínica.
• Desenvolvimento de protocolos de tratamento e orientações práticas que influenciam o padrão de atendimento.
• Membro efetivo de sociedade de especialidade clínica com atividade de destaque.

VI - HOMENAGENS/ AVALIAÇÃO

Honrarias e distinções. Avaliação discente institucional.

MÉTRICA

• Honrarias e distinções recebidas em decorrência exclusiva do envolvimento com o ensino de graduação.
• Avaliação discente institucional nos últimos cinco anos.

Avaliação para progressão para Professor Associado
Para o nível de Professor Associado na área de destaque em ensino é esperado que o docente demonstre excelência na atuação nas três áreas prioritárias: Prática em ensino, Gestão em Ensino, Reconhecimento em educação em saúde. É também desejável que o professor apresente alguma atuação nas áreas complementares como Treinamento de pesquisa e orientação, Reconhecimento como especialista clínico e prática clínica influente e Homenagens, prêmios. A avaliação discente relacionada a atuação em ensino deverá ser considerada como fator na avaliação.  

1. Prática em ensino

O professor deverá apresentar carga didática expressiva na graduação, residência (médica, multiprofissional e outras) e cursos de extensão e pós-graduação lato sensu, preferencialmente com atividades em ensino na prática clínica. 
A atuação em inovações em ensino deverá compreender implementação de novas metodologias de ensino e/ou criação, implantação ou modificação de disciplinas e/ou confecção de material didático e audiovisual original. A avaliação deverá considerar desenvolvimento, aprimoramento ou inovações em programas de ensino existentes.

2. Gestão em Ensino

O docente deverá apresentar atividades na gestão do ensino de graduação, residência (médica, multiprofissional e outras) e cursos de extensão e pós-graduação lato sensu, em quaisquer níveis ou instâncias da Universidade por pelo menos dois anos nos últimos cinco anos de atividade. 

3. Reconhecimento em educação em saúde

O docente deverá apresentar atividades relacionadas à educação em saúde de abrangência ao mínimo regional preferencialmente nacional. 
Deverá ter atuação em ensino, aulas e treinamentos locais, regionais, nacionais e/ou internacionais sobre assuntos de ensino em saúde e necessariamente ter participação em treinamentos, congressos e outros eventos ou cursos ou atividades regulares voltadas à melhoria do desempenho docente, incluindo eventos de capacitação didática, planejamento e avaliação do ensino. Deverá ter participação na implantação ou manutenção de novas metodologias de ensino e em projetos de melhoria da infraestrutura para o ensino de graduação, residência (médica, multiprofissional e outras).

Avaliação para progressão para Professor Titular

Para o nível de Professor Titular na área de destaque em ensino é esperado que o docente demonstre evidente atuação nas três áreas prioritárias:  Prática em ensino, Gestão em Ensino, Reconhecimento em educação em saúde com reputação no âmbito nacional e até internacional, assim como produção de conhecimento original na área que deverá necessariamente compreender atuação em nível de pós graduação stricto sensu com produção científica na área englobando projeto de pesquisa e publicações na área de ensino em Saúde preferencialmente com inserção internacional. Deverá ter papel de liderança na área em nível nacional. O docente deve exercer supervisão ou orientação de alunos de graduação, pós-graduação stricto sensu e/ou pós-doutorado. É também desejável que o professor apresente alguma atuação nas áreas complementares como Reconhecimento como especialista clínico e prática clínica influente e Homenagens, prêmios.

1. Prática em ensino

O docente deverá ter papel de destaque no desenvolvimento, aprimoramento ou inovações em programas de ensino. Deverá ter atuado em criação, implantação ou modificação de disciplinas em nível local e regional e apresentar inovações metodologias de ensino. 

2. Gestão em Ensino

O docente deverá apresentar ou ter histórico de atividades consistentes na gestão do ensino de graduação, residência (médica, multiprofissional e outras) e cursos de extensão e pós-graduação lato sensu, preferencialmente, níveis centrais da faculdade e/ou da Universidade. Deverá necessariamente ter participação em fóruns de ensino como: comissões de ensino de Departamento, Comissão de Ensino das Unidades, Comissões Centrais ou colegiados equivalentes e órgãos da Administração Central da Universidade atual ou pregressa. Ter participação em núcleos de gestão e de pesquisa em ensino e/ou grupos de trabalho que tenham como objeto o ensino de graduação.

3. Reconhecimento em educação em saúde

O docente deverá apresentar atividades relacionadas à educação em saúde de abrangência nacional e/ou internacional. 
Deverá ter atuação em ensino, aulas e treinamentos locais, regionais, nacionais e/ou internacionais sobre assuntos de ensino em saúde e necessariamente ter participação congressos regionais, nacionais e/ou internacionais de ensino em saúde voltados à melhoria do desempenho docente, planejamento e avaliação do ensino. Deverá ter atuação como palestrante ou organizador ou comitê científico de eventos em nível regional, nacional e/ou internacional de ensino em saúde, atuar como membro ou líder em comitês nacionais, e/ou internacionais, relacionados ao ensino em saúde e ter papel no planejamento de atividades para sociedades científicas nacionais.
Deverá ter participação de liderança local/regional na implantação ou manutenção de novas metodologias de ensino e em projetos de melhoria da infraestrutura para o ensino de graduação.
Deverá ter Publicação de livros ou capítulos de livros destinados ao ensino de graduação, residência (médica, multiprofissional e outras), atuação como editor e/ou em conselho editorial de revistas científicas ou como consultor de revistas na área de ensino em saúde e atuação como membro ou líder em comitês nacionais, e em muitos casos internacionais, relacionados à ensino em saúde.

4. Treinamento de Pesquisa e Orientação

O professor deverá ter linha de pesquisa original e inovadora com impacto no campo e produção científica em Ensino em Saúde.  Deverá ter atividades de orientação de graduação, residente e pós-graduação stricto sensu em ensino em saúde. 
Deverá apresentar autoria sênior em estudos de pesquisa de impacto e artigos científicos correspondente a 300 pontos ou mais nos últimos quatro anos, com pelo menos um produto no estrato Qualis A.  
Autoria sênior em publicações e produtos técnicos: Patentes, Softwares/Aplicativos, Produto bibliográfico técnico/tecnológico, Protocolos, Curso de Formação Profissional, Produto de Editoração, Norma ou Marco Regulatório, Organização Social Inovadora.
Êxito e inserção dos egressos em grupos de pesquisa ou docência (carreira MS) ou como agentes que contribuam para o avanço da prática na área do ensino em saúde. Ter ao menos de 03 alunos com orientação concluída na Pós-graduação, sendo ao menos 01 Doutorado. Participação em bancas de avaliação de pós-graduação internas ou extramuros de qualquer natureza.


ANEXO II

CARREIRA DOCENTE COM ÁREA CONCENTRAÇÃO EM INVESTIGAÇÃO

Para o nível de Professor Associado na área de destaque em pesquisa é esperado que o docente demonstre evidente renome, como pesquisador independente, no âmbito regional e até́ nacional, sendo que sua produção científica deverá ser predominantemente internacional. Deverá apresentar publicações em que apareça como autor principal e/ou sênior. Poderá apresentar publicações de pesquisa colaborativa para as quais fez contribuições intelectuais documentadas e substanciais. O docente deverá demonstrar capacidade de captar financiamento de pesquisa ou bolsas e deverá exercer supervisão ou orientação de alunos de graduação e pós-graduação stricto sensu. 

I – PESQUISA

Conduz pesquisa original trazendo avanços significativos à ciência biomédica; pode incluir qualquer ou todos das seguintes atividades: 
•  Pesquisa básica.
• Pesquisa clínica e/ou pesquisa translacional que pode incluir estudos de mecanismos de doença, técnicas de diagnóstico e/ou outras investigações que podem contribuir para a prevenção, diagnóstico ou manejo de doença; pode ter um papel definido como membro de uma equipe de pesquisa multidisciplinar ou colaborativa. 
•  Pesquisa quantitativa ou qualitativa tal como epidemiologia, pesquisa de resultados e serviço de saúde, e bioestatísticas assim como pesquisa em ciências sociais, ética, bioinformáticas e economia da saúde, entre outros; deve ter um papel definido e pode contribuir com o desenvolvimento de protocolo, implementação de protocolo, conduta de estudos, coleta de dados e/ou análise de um dado novo ou existente.
• Pesquisa que resulte em inovações e práticas clínicas.

MÉTRICA

Reputação como pesquisador independente no âmbito regional e até nacional, por meio de:
• Convites para falar em eventos científicos locais, regionais e nacionais sobre sua área de atuação científica.
• Convites para participar em bancas de avaliação extramuros.
• Participação em conselhos editoriais de revistas científicas ou como consultor/assessor Ad hoc de revistas em sua área de pesquisa.
• Atuação em comitês locais e nacionais relacionados à pesquisa, incluindo banca de consultores ou assessores especialistas para avaliação e monitoramento de segurança para ensaios clínicos multicêntricos.
• Participação em diretorias e comissões de sociedades científicas nacionais; 
• Papel de liderança em um núcleo de pesquisa institucional.
• Prêmios nacionais de pesquisa e/ou inovação.
• Participação em comitês executivos de estudos multicêntricos nacionais.

II – PRODUÇÃO

1. Publicação de autoria principal ou sênior de pesquisa original que impacte em seu campo de investigação.
2. Publicação de pesquisa original multidisciplinar na qual o candidato foi autor principal ou sênior; pode estar em outra posição de autoria ou membro de um grupo de autoria não identificado, no qual o candidato fez contribuições documentadas e com relevância intelectual; deve ter assumido o papel de condução em manuscritos do estudo.
3. Publicações de trabalho original descrevendo novos métodos/tecnologias e/ou aplicações inovadoras.

MÉTRICA

Artigos Científicos 

• Qualidade equivalente ao recomendado pela CAPES para cursos com nota 5 ou mais nos últimos quatro anos, com pelo menos um produto no estrato Qualis A de referência da área no qual se insere o pesquisador.  

Produtos de Inovação e Técnicos

Serão considerados produtos frutos de pesquisa original em inovação que promovem avanço na área de conhecimento e produtos técnicos.  
• Patentes depositadas, concedidas ou licenciadas.
• Softwares e Aplicativos.
• Produtos bibliográficos (impressos ou eletrônicos): artigo original em revista técnica, jornal ou revista de divulgação com reputação nacional ou internacional.
• Capítulos de livro.
• Editorações de livro, revistas, jornais, manuais, boletins e anais na área de expertise.
• Elaborações de Protocolos, Manuais e Relatórios Técnicos na área de expertise.

III – FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

• O candidato deverá estar associado à Pós-graduação Stricto sensu e formar recursos humanos cuja carreira será considerada na avaliação do mérito.

MÉTRICA

• Coordenação e disciplinas da PG Stricto sensu. Atividade didática total na pós-graduação e atividades de coordenação com a identificação das disciplinas.
• Bancas de avaliação de qualquer natureza relacionados a carreira de investigação.
• Medida pelo êxito e inserção dos egressos em grupos de pesquisa ou docência (carreira MS) ou como agentes que exerçam cargos cuja atividade está relacionada à produção científica ou tecnológica.
• Possuir fluxo de formação equivalente ao recomendado pela CAPES para cursos com nota 5 ou mais, sendo ao menos 01 Doutorado.
• Razão de publicações discente + egresso.
• Criação/organização de atividade de capacitação de recurso humano em pesquisa.

IV – FINANCIAMENTO

Candidato deve ser investigador com recursos de agência governamental de fomento, da indústria e/ou fundações; pode ser investigador de um estudo multicêntrico.

MÉTRICA

• Captação de recursos em agências públicas de fomento como pesquisador principal. Será valorizada a captação de recursos de editais privados que se destinem a pesquisa elaborada e coordenada pelo docente na Unicamp.
• Captação de recursos em empresas e iniciativa privada como pesquisador principal através de contratos e/ou convênios institucionais.

V – OUTROS RECONHECIMENTOS

• Desejável internacionalização: Participação em colaborações internacionais, envio de alunos ao exterior e bolsas internacionais. 
• Produção de Programas de Comunicação Científica.
• Organização de Evento Científico Nacional.
• Participação em GT locais ou nacionais relacionados à pesquisa e pós-graduação.

Para o nível de Professor Titular na área de destaque em pesquisa é esperado que o docente demonstre evidente reputação no âmbito nacional e até́ internacional, sendo que sua produção científica deverá ser predominantemente internacional. Deverá ter papel de liderança em programas de pesquisa e/ou estudos colaborativos e apresentar produção científica consistente e duradoura, que inclui autoria sênior de pesquisa original em publicações de alto impacto. O candidato deverá ter recebido financiamentos de agências como investigador principal. O docente deve exercer supervisão ou orientação de alunos de graduação, pós-graduação stricto sensu e pós-doutorado. 

I – PESQUISA

Condução de pesquisa qualificada que tem impacto na área e/ou muda a prática clínica; pode incluir qualquer ou todos os seguintes: 
• Pesquisa básica.
• Pesquisa clínica e/ou pesquisa translacional baseada em laboratório ou clinicamente que pode incluir estudos de mecanismos de doença, técnicas de diagnóstico e/ou outras investigações que promovem intuição fundamental para a prevenção, diagnostico ou tratamento de doença; pode liderar uma equipe multidisciplinar estabelecida e/ou centro que criou novas abordagens que resultaram em contribuições críticas ao campo. 
• Pesquisa quantitativa ou qualitativa, e bioestatísticas, assim como pesquisa em ciências sociais, pesquisa de resultados e serviços a saúde, ética, bioinformáticas e economia da saúde, entre outros; excelente histórico de liderança na condução, desenho e análise de estudos; para estudos multicêntricos, investigador principal global, ou um pequeno número de importantes líderes nacionais de estudos.
• Pesquisa que resulte em inovações e práticas clínicas.
• Pesquisa qualitativa.

MÉTRICA

• Convites para falar em eventos científicos nacionais e internacionais sobre sua área de atuação científica.
• Atuação como editor e/ou em conselho editorial de revistas científicas ou como consultor/assessor de revistas em sua área de atuação.
• Atuação como membro ou líder em comitês nacionais, e em muitos casos internacionais, relacionados à pesquisa.
• Papel de liderança em diretorias e comissões de sociedades científicas nacionais e, idealmente, internacionais.
• Prêmios de prestígio nacionais ou internacionais por pesquisa e/ou inovações.
• Participação em comitês executivos de estudos multicêntricos nacionais ou internacionais com repercussão internacional aferida pela qualidade do periódico em que foi publicado e pelo impacto na mudança de conceito ou prática na área de concentração da pesquisa. 
• O candidato deverá ter clara inserção internacional em pesquisa aferida pela orientação de alunos internacionais, participação em publicações de pesquisa em grupos multinacionais, envio de discente ao exterior e participação de defesas de dissertação/tese com cotutela internacional.

II – PRODUÇÃO

• Autoria sênior em estudos originais e de caráter inovador que tem grande impacto em seu campo de atuação. 
• Registro contínuo de publicação de pesquisa multidisciplinar com impacto no campo e/ou praticas clinicas alteradas; candidato pode ser primeiro autor ou sênior, em outra posição de autoria, ou ser parte de um grupo de autoria não identificado, mas deve ter servido de autor sênior em um número considerável de manuscritos do estudo. 
• Publicação de autoria principal ou sênior de trabalho original descrevendo novos métodos/tecnologias que avançam o campo.

MÉTRICA

Artigos Científicos 

• Qualidade equivalente ou superior ao recomendado pela CAPES para cursos com nota 5 nos últimos quatro anos, com pelo menos quatro produtos no estrato Qualis A de referência da área no qual se insere o pesquisador e como autor principal ou sênior.
• Registro contínuo de publicações de pesquisa que tenham modificado conceito ou práticas clínicas. O candidato idealmente deve ser primeiro autor ou sênior, mas será reconhecido pelo destaque da publicação qualquer outra posição de autoria.

Produtos de Inovação e Técnicos

Serão considerados produtos frutos de pesquisa original em inovação que promovem avanço na área de conhecimento e produtos técnicos.  
• Patentes depositadas, concedidas ou licenciadas.
• Softwares e Aplicativos.
• Produtos bibliográficos (impressos ou eletrônicos): artigo original em revista técnica, jornal ou revista de divulgação com reputação nacional ou internacional.
• Capítulos de livro.
• Editorações de livro, revistas, jornais, manuais, boletins e anais na área de expertise.
• Elaborações de Protocolos, Manuais e Relatórios Técnicos na área de expertise.

III – FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

O candidato deverá ser Professor Permanente de Programa de Pós-graduação Stricto sensu e formar recursos humanos de qualidade.

MÉTRICA

• Coordenação e disciplinas da PG Stricto sensu. Atividade didática total na pós-graduação e atividades de coordenação com a identificação das disciplinas.
• Bancas de avaliação de qualquer natureza relacionados a carreira de investigação.
• Medida pelo êxito e inserção dos egressos em grupos de pesquisa ou docência (carreira MS) ou como agentes que contribuam para o avanço da prática na área da saúde, científica e tecnológica.
• Possuir fluxo de formação – equivalente ao recomendado pela CAPES para cursos com nota 5, sendo ao menos 01 Doutorado, além da supervisão de 01 Pós-doutorado por quadriênio.
• Razão de publicações discente + egresso superior a 1.

IV – FINANCIAMENTO

Financiamento como investigador sênior; por instituição pública, indústria ou por agências de fomento ou fundações; candidatos que são especialistas numa área de pesquisa mostram evidências de financiamentos recorrentes, em diversos estudos, como investigador principal ou investigador.

MÉTRICA

• Captação de recursos em agências públicas de fomento como pesquisador principal. Será valorizada a captação de recursos de editais privados que se destinem a realização pesquisa delineada, executada e coordenada pelo docente na Unicamp. Em casos de estudos em multicêntricos, será considerado os financiamentos nos quais o docente seja o responsável pelo delineamento e coordenação geral do estudo. Também será valorizado a captação de recursos internacionais para pesquisa ou bolsas.
• Captação de recursos em empresas e iniciativa privada como pesquisador principal através de contratos e/ou convênios institucionais.


Publicada no D.O.E. em 28/05/2021.